O Plasma é um gás ionizado, ou seja, um gás onde uma parte significativa de suas moléculas não está em equilíbrio elétrico. Isto significa que existem íons (positivos ou negativos) e também elétrons livres dentro do gás. Nesta condição, o gás tem capacidade de conduzir corrente elétrica e quanto maior for o grau de ionização maior é a capacidade de conduzir corrente elétrica. O grau de ionização é definido como o volume dos íons e elétrons sobre o volume total.

A ionização não é um fenômeno espontâneo. Ela precisa de um agente externo para acontecer, que pode ser a incidência de onda eletromagnética, o aquecimento ou a colisão de outros elementos. Quando o agente externo é retirado, os íons e elétrons tendem a se recombinar e o gás deixa de ser plasma.

O plasma desperta bastante interesse da indústria porque em seu interior acontecem reações químicas de interesse. Uma forma comum de produzir plasma artificialmente é submeter o gás à um campo elétrico (que é gerado por uma diferença de potencial entre eletrodos) onde os poucos íons e elétrons pré-existentes são acelerados e colidem com outros átomos ou moléculas. Quando a velocidade no instante da colisão é grande, são retirados elétrons dos átomos/moléculas atingidos, o que gera outros íons e elétrons livres, que por sua vez também são acelerados e também se chocam, gerando uma reação em cadeia que faz com que grande parte do volume do gás seja formado de íons. Se a diferença de potencial se mantiver e o gás estiver bastante ionizado, acontece passagem de corrente elétrica pelo gás. A corrente elétrica de menor intensidade chama-se “Descarga Escura”. Conforme a corrente aumenta, o nome passa para “Descarga Luminescente” (“Glow discharge”) e “Arco Voltaico”. Reatores de Plasma são dispositivos que trabalham em conjunto com uma fonte de alimentação para ionizar um gás e manter as condições para que as reações de interesse aconteçam.